Em seu livro, João Correia Filho se refere que
Fernando Pessoa, ao mencionar o segundo roteiro, afasta-se do Centro Histórico,
explorando o norte da cidade.
O início do percurso é a Praça de Touros do Campo Pequeno, com fachada de tijolos vermelhos,
construída no final do Século XIX, em estilo neomourisco, tem capacidade para
cerca de 10.000 pessoas.
É onde ocorrem as corridas de touros, com temporada
de abril a setembro de cada ano, sendo esta uma tradição nacional, lembrando
que em Portugal não se matam os animais.
Também são realizados concertos no local e tem em
seu subterrâneo um centro comercial, com várias lojas, cinemas e restaurantes.
Saindo do Campo Pequeno no sentido do trajeto
indicado, passa-se pelo Monumento aos Heróis da Guerra Peninsular, para
homenagear aqueles que morreram por ocasião da invasão francesa, inaugurado em
janeiro de 1933.
Chega-se a seguir ao aprazível Parque do Campo Grande, com cerca de 15 hectares, um oásis em meio
ao vai e vem dos carros e ônibus que ali circulam.
O parque tem um passeio tranquilo, cheio de árvores
e pequenos animais, além de um lago, que, segundo os moradores de Lisboa, tem
barcos a remo para alugar, o que não vimos, porque o espaço está em reformas.
Chama a atenção o número de idosos que se deixam
ficar nos bancos, sempre com um livro na mão, ou em rodadas de carteado com os
amigos.
Na margem da avenida que contorna o parque, está a Biblioteca Nacional de Portugal, onde
está guardada grande parte do acervo de Fernando Pessoa.
Seguindo um pouco à frente e entrando-se na Alameda
da Universidade, está o Arquivo Nacional
da Torre do Tombo, onde estão preservados os documentos do Império desde o
Século XIV e os arquivos da inquisição portuguesa. O prédio,
contraditoriamente, é em estilo moderno.
Feito este registro e voltando ao parque, chega-se
ao Museu Bordalo Pinheiro, que expõe
a obra do artista do mesmo nome, que era conhecido por sua natureza crítica,
tendo criado o Zé Povinho, que representa o povo português. Também há exposição
de cerâmicas que chamam a atenção pela riqueza de detalhes.
Quase em frente ao Museu Bordalo Pinheiro, e já
chegando ao final do itinerário, está o Museu
da Cidade, que foi instalado no Palácio da Pimenta, construído para abrigar
a amante de D. João V, que era madre no convento de Odivelas, próximo a Lisboa.
O museu conta a história de Lisboa, com peças que
retratam vários períodos, sendo a mais chamativa e importante a maquete da
cidade antes do terremoto de 1755, com uma riqueza de detalhes que encanta.
Compreende, também, um belo jardim, enfeitado com
esculturas, e com pavões que ficam a circular pela mata.
Ainda, anexo ao museu, há um outro jardim, chamado
Bordalo Pinheiro, onde estão expostas várias obras de cerâmica do artista,
inclusive em maior número do que no próprio Museu Bordalo Pinheiro!
São diversos animais em cerâmica, expostos nos
canteiros, de forma interessante e estimulante!
O álbum de fotos completo deste passeio pode ser visto aqui:
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